Pedro Amaral

Pedro Amaral

Estudante do ensino secundário. Membro da Comissão Coordenadora Regional dos Açores do Bloco de Esquerda. Ativista estudantil

Nos Açores, uma deputada do “Chega”, achou por bem votar contra um voto de saudação aos 50 anos do 25 de abril. Quando chegamos a este ponto, só apetece mesmo dizer: não me chateiem. Mas que ninguém se iluda: este é o momento de irmos para a rua defender a nossa voz e os nossos direitos.

Aquilo que se fala é de um logotipo. A identidade nacional de repente tornou-se uma prioridade. É trágico perceber que é uma prioridade ao ponto de ser a primeira medida tomada por este governo.

Quando se dá margem a discursos discriminatórios, segregadores e violentos, é impossível achar-se que é inconsequente.

Se houvesse um círculo nacional de compensação, à semelhança do que temos nos Açores, PS, AD e CH perderiam alguns deputados, e o Bloco de Esquerda, por exemplo, passava de 5 para 10 (trata-se do dobro dos deputados).

Nos Açores, o Bloco tem sido a oposição que investiga e denuncia. Se não estamos a pagar 5 milhões de euros ilegais de dinheiro dos contribuintes à EDA, deve-se ao olho atento bloquista.

Estamos no meio de duas crises políticas, uma nacional e uma açoriana. O espetro da corrupção, dos casos e dos casinhos, vai assombrar a agenda como combustível para demagogia e não como discussão sobre propostas para aumentar a transparência e as boas-práticas públicas.

O Politécnico do Porto, a Universidade do Porto e os Serviços Sociais da GNR e da PSP assinaram protocolos de colaboração para que os agentes das forças policiais acedam aos serviços de alimentação das instituições de ensino. Trata-se de uma decisão muito mal pensada.

Os Açores fazem parte deste planeta, não só vão sentir os efeitos do aquecimento global, como já os sentem.

Tentar expandir horizontes, para compreender o mundo que nos rodeia e o nosso papel nele. Estes projetos têm em comum quatro aspetos: quererem aumentar a participação cívica, o debate e ação; serem um grupo informal de jovens e alicerçarem-se digitalmente.

António Ventura é um político [do governo dos Açores] com uma forte veia lírica: não contente com a invenção da máquina do tempo, na semana passada decidiu abraçar o pragmatismo afirmando «quando há excesso de população, abate-se». Quando vamos ter uma região que se preocupa com as pessoas?